quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A pintura da paz!


A Pintura da Paz

Certa vez houve um concurso de pintura e o primeiro lugar seria dado ao quadro que melhor representasse a paz.

Ficaram, dentre muitos, três finalistas igualmente empatados. O primeiro retratava uma imensa pastagem com lindas flores e borboletas que bailavam no ar acariciadas por uma brisa suave. O segundo mostrava pássaros a voar sob nuvens brancas como a neve em meio ao azul anil do céu. O terceiro mostrava um grande rochedo sendo acoitado pela violência das ondas do mar em meio a uma tempestade estrondosa e cheia de relâmpagos.

Mas para surpresa e espanto dos finalistas, o escolhido foi o terceiro quadro, o que retratava a violência das ondas contra o rochedo.

Indignados, os dois pintores que não foram escolhidos, questionaram o juiz que deu o voto de desempate:

- Como este quadro tão violento pode representar a paz, Sr. Juiz?

E o juiz, com uma serenidade muito grande no olhar, disse:

- Vocês repararam que em meio à violência das ondas e a tempestade há, numa das fendas do rochedo, um passarinho com seus filhotes dormindo tranqüilamente?

E os pintores sem entender responderam:

- Sim, mas...

Antes que eles concluíssem a frase, o juiz ponderou:

- Caros amigos, a verdadeira paz é aquela que mesmo nos momentos mais difíceis nos permite repousar tranqüilos. Talvez muitas pessoas não consigam entender como pode reinar a paz em meio a tempestade, mas não é tão difícil de entender.

Considerando que a paz é um estado de espírito podemos concluir que, se a consciência está tranqüila, tudo à volta pode estar em revolução que conseguiremos manter nossa serenidade.

Fazendo uma comparação com o quadro vencedor, poderíamos dizer que o ninho do pássaro que repousava serenamente com seus filhotes representa a nossa consciência. A consciência é um refugio seguro, quando nada tem que nos reprove.

E também pode acontecer o contrário: tudo à volta pode estar tranquilo e nossa consciência arder em chamas.

A consciência, portanto, é um tribunal implacável, do qual não conseguiremos fugir, porque está em nós. É ela que nos dará possibilidades de permanecer em harmonia íntima, mesmo que tudo a volta ameace desmoronar, ou acuse sinais de perigo solicitando correção.

Sendo assim, concluiremos que a paz não será implantada por decretos nem por ordens exteriores, mas será conquista individual de cada criatura, portas a dentro da sua intimidade.

Um dia, a paz vestiu-se de homem e conviveu com a humanidade sofredora e aflita. Conservava-se em paz mesmo diante das situações mais turbulentas e assustadoras.

Autor desconhecido

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